Essas práticas, como o Kacuri, transmitidas de geração em geração, reafirmam a resistência cultural e a profunda conexão com os ciclos da natureza.

Em tempos de mudanças climáticas e de crescentes ameaças aos modos de vida tradicionais, torna-se ainda mais urgente fortalecer iniciativas que preservam os saberes ancestrais dos povos indígenas. No Alto Rio Negro, essas práticas não são apenas atividades econômicas ou alimentares — representam um conhecimento profundo que assegura o equilíbrio entre a vida humana e o meio ambiente.

A continuidade dessas práticas pela família Oliveira, no Sítio Kamanaus, é um exemplo concreto da força da memória, da educação tradicional e da resistência cultural. Registrar e valorizar essas ações é garantir que as futuras gerações continuem a viver em harmonia com o ambiente, respeitando o calendário cosmológico e os ensinamentos deixados pelos ancestrais.

Em memória de Américo de Oliveira Neto (Curumbá) e de Aquidabam Getúlio de Oliveira (Quidabam), o projeto reafirma o compromisso de preservar e compartilhar os conhecimentos ancestrais que sustentam a vida em harmonia com a natureza. Esses saberes representam um legado essencial para a preservação ambiental e a continuidade da vida. Reconhecer, respeitar e manter vivos esses conhecimentos é fundamental para a construção de um futuro verdadeiramente sustentável.